3º ANO DO 1º CICLO
Beatriz Marta Capra
Inivalda Guzzi
“Todo conhecimento começa
num sonho. O conhecimento nada mais é que a aventura pelo mar
desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que não
se ensina. Brota das profundezas da terra. Como mestre, só posso então lhe
dizer uma coisa: conte-me seus sonhos para que sonhemos juntos".
Paulo Freire
A arte de ensinar é uma tarefa difícil demais para que alguém se envolva
nela por comodismo, falta de coisa melhor ou porque pensa em ganhar dinheiro.
Devemos
ter em mente que os professores exercem um papel insubstituível no processo de
transformação social. A formação de educadores não se baseia unicamente na
parte técnica, no saber acadêmico, mas também formando cidadãos com competência
e habilidade na capacidade de decidir, produzindo novos conhecimentos para a
teoria e prática de ensinar.
Não é fácil abraçar a docência, mas
quem está no contexto, ou seja, aquele professor que acredita naquilo que faz e
trabalha não só as questões curriculares, mas também a afetividade, tem
consciência do que está fazendo, buscando novos procedimentos e soluções para a
problemática do aluno, procurando entende-lo e ajudá-lo no processo de
construção de seu conhecimento.
Ao longo de sua carreira, o
professor passa por algumas provações, como os alunos inclusos. Não podemos
cobrar que todo o profissional da educação seja um expert em libras ou braile.
É necessário que o mesmo esteja preparado para receber esses alunos, pois, ao
contrário, ao invés de incluir irá exclui-lo do contexto pedagógico em sala,
uma vez que não conseguirão se comunicar.
Poder acompanhar o desenvolvimento
de outro ser humano e a evolução no seu processo de alfabetização, não tem
dinheiro que pague: é a sensação do dever cumprido, que não pode ser mensurada.
O mais interessante nessa profissão são os
obstáculos vencidos todos os dias; obstáculos esses presentes em toda carreira
pedagógica, mas que, com o amor à essa profissão, são transpostos com facilidade.
Cristina Nesi
Zarpelon
Lirane Santini
Manutenção do Vínculo Professor-Aluno no Ciclo de Alfabetização
Uma das
premissas básicas que sustentam a implantação dos Ciclos de alfabetização (MEC
2010) é a proposta da continuidade das mesmas crianças, nas mesmas turmas com o
mesmo professor, visando garantir a continuidade do processo de aprendizagem
previsto pela progressão continuada das crianças entre uma série e outra,
conforme explicitado nos documentos oficiais. Não costuma ocorrer a reprovação
dentro do ciclo, mas na mudança de um para outro pode haver, sim. O que precisa ser compreendido é que as
crianças não estão na escola para passar de ano, mas sim para aprender".
A
permanência do professor alfabetizador, com a mesma turma, durante os três anos
(1º, 2º e 3º ano do I Ciclo) é considerada conveniente e benéfica do ponto de
vista pedagógico, pois amplia as possibilidades de tempo para que o
processo de alfabetização e letramento ocorra. Ainda, propicia a oportunidade
de se dar sequência ao processo de ensino-aprendizagem bem como a construção de
uma relação social afetiva.
No ano de
2012, as professoras Lirane e Cristina iniciaram no ciclo de alfabetização e
permaneceram com o trabalho nas mesmas turmas nos três anos consecutivos com a
finalidade de, ao longo do ciclo, assegurar a continuidade do letramento
(apropriação da escrita alfabética e o uso dela em situações práticas de
leitura, escrita e cálculo) e acompanhar o desenvolvimento dos alunos com a
perspectiva de ampliar suas experiências, identificando suas necessidades e
propondo medidas para atendê-las.
Pensar em
contar com o professor que iniciou com seus alunos no 1º ano até o 3º, propicia
a formação de um laço afetivo que amplia o vínculo professor-aluno, oferecendo
segurança às crianças no momento de expressar suas ideias, sentimentos, enfim
sua participação efetiva nas atividades escolares.
O 1º
ciclo é considerado “o ciclo de alfabetização” e engloba os três primeiros anos
do ensino fundamental. Com isto, pretende-se proporcionar à criança um maior
tempo para a apropriação da alfabetização e do letramento. O objetivo dessa
etapa é ampliar as possibilidades de tempo para que o processo de alfabetização
e letramento ocorra juntamente com a formação básica do cidadão mediante, entre
outros tópicos, “o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura e da escrita”.
A educação, segundo Garcia
(1999), é um processo contínuo e que não depende apenas da escola, sendo
estimulada também em casa. Para que esse sistema de ensino funcione, é
necessário mais tempo do estudante na escola e atividades que cobrem a opinião
e o pensar do aluno".
Professora Inivalda- Apoio Katiana
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